Paulo Almeida Filho – Servidor Público Federal Aposentado. Mestre Instalado e Grau 32 dos Corpos Filosóficos da Grande Loja Maçônica do Amazonas.
O RIO AMAZONAS, localizado na America do Sul é o maior rio do mundo, tanto em extensão territorial, quanto em volume de água. Com 6992 quilômetros, percorre o norte da América do Sul, a floresta amazônica e deságua no Oceano Atlântico.
Possui mais de mil afluentes, sendo que alguns deles, como o rio Madeira, rio Negro e o rio Japurá estão entre os 10 maiores rios do planeta. É, de longe, o rio com maior fluxo de água por vazão.
Tem a maior bacia hidrográfica do mundo, com mais de 7 milhões de quilômetros quadrados é responsável por cerca de um quinto do fluxo fluvial total do mundo, sendo que a água que flui pelos rios amazônicos equivale a 20% da água doce liquida da Terra.
O rio Amazonas tem sua origem na nascente do rio Apurimac (alto da parte ocidental da Cordilheira dos Andes no sul do Peru), precisamente na montanha Nevado Mismi, a uma altitude de 5.500 metros e deságua no Oceano Atlântico. O caudal de água doce lançado pelo rio no Oceano Atlântico é gigantesco, cerca de 210.000 m³/s ou um quinto (1/5) de toda a água fluvial do planeta.
O rio foi inicialmente conhecido pelos europeus como o rio Marañón na parte peruana. E, ainda é conhecida com esse nome até hoje.
O nome AMAZONAS, no entanto, foi dado depois que as guerreiras nativas Icamiabas, atacaram uma expedição do século XVI, de Francisco Orellana. As guerreiras, eram lideradas por mulheres, relacionadas aos CITAS E SÁRMATAS IRANIANOS, mencionados na Mitologia Grega.
O rio acessa o território brasileiro, na fronteira com o Perú, com o nome de Solimões. Em Manaus, após a junção com as águas do rio Negro, ele recebe o nome de Amazonas, e como tal, segue até a sua foz no Oceano Atlântico. Sua foz é classificada como mista, por apresentar uma foz em ESTUÁRIO (ambiente aquático de transição entre um rio e o mar) e em DELTA (a foz de um rio formada por vários canais).
O rio Amazonas, cujo curso é muito plano (20 m de desnível nos últimos 1500 km), antes da sua desembocadura, constitui um caso muito especial de marés oceânicas. Na região do rio Amazonas, tais marés são conhecidas como POROROCA (que ocorre no momento do encontro das águas fluviais e águas oceânicas, formando ondas gigantescas que invadem o continente), constituindo uma atração turística.
Todo rio, partindo de sua NASCENTE, desce para um plano mais baixo, até chegar a sua FOZ. No território brasileiro, esse grande e importante rio, desce de 82 metros de altitude, em Benjamin Constant/Tabatinga, dirigindo-se ao oceano depois de uma trajetória de 3165 quilômetros.
Durante o percurso deste rio (descendo), será conhecido por duas margens: todo seu lado direito, será chamado de “margem direita” e, tudo que estiver do seu lado esquerdo, será chamado de “margem esquerda”. Quando fazemos o percurso inverso (subindo), este rio (Foz em direção a sua Nascente), as margens permanecem como as definições anteriores.
Em 1500, o explorador espanhol Vicente Pinzón e a tripulação liderada por ele, foram os primeiros europeus a navegar no rio. Pinzón chamou o rio de Río Santa María del Mar Dulce, o que posteriormente, foi reduzido para Mar Dulce (literalmente “Mar Doce”), devido à quantidade de água doce impulsionada pela correnteza do rio para dentro do oceano atlântico.
Por 350 anos após a descoberta do rio Amazonas pelos europeus, a parte portuguesa da bacia do rio permaneceu um cenário abandonado, servindo exclusivamente como fonte de alimentos obtidos através da coleta e da agricultura pelos povos indígenas que haviam sobrevivido à chegada das doenças trazidas pelos europeus.
Existem numerosas evidências de formações sociais complexas e em grande escala feitas na região por povos pré-colombianos, especialmente, nas regiões interfluviais e até mesmo de grandes povoados e cidades. A cultura pré-colombiana da Ilha de Marajá por exemplo, pode ter até mesmo desenvolvido algum tipo de estratificação social e contava com uma população de cerca de 100 mil indivíduos.
Os portos mais importantes do rio Amazonas ficam nas cidades de Iquitos (Peru), Letícia (Colômbia), Belém e Manaus (Brasil).
Belém, a capital do Estado do Pará está situada em um dos braços do rio Amazonas. É banhada pelo Rio Guamá ao sul e pela baía do Guajará a oeste.
Macapá, capital do Estado do Amapá está próxima de sua foz, que acolhe o Arquipélago do Bailique, complexo insular formado por oito ilhas que servem como refúgio de aves migratórias. Nessa região acontece o fenômeno natural conhecido como “pororoca“. Suas águas são barrentas e frias, alcançando a profundidade de 100 m e por ser um rio de planície é navegável em toda sua extensão.
Em Manaus, o encontro do rio Negro com o rio Solimões proporciona uma imagem de grande beleza, isso porque, os rios possuem águas de coloração distinta, o rio Negro apresenta águas escuras, em razão da dissolução de ácido húmico e o Solimões, águas claras.
As cheias e secas do rio Amazonas, ocorrem todos os anos. Com o degelo nos Andes e a estação de chuvas na região Amazônica, ocorre o fenômeno das cheias que atingem os municípios que estão nas suas margens.
No Estado do Amazonas, temos 62 municípios (em 2020), sendo 59 situados a beira de rio, por esta razão são chamados de ribeirinhos e somente 03 são diferenciados por estarem situados em rodovias: “Apuí” na BR 230 (Transamazônica), “Presidente Figueiredo” na BR 174 e “Rio Preto da Eva” na AM 010.
No Estado do Amazonas, desde o limite de Brasil / Peru, o rio Amazonas percorre 37 municípios, sendo 19 com sedes em suas margens.
Boi Garantido – Rio Amazonas
Rio Amazonas, teu cenário é uma beleza
A natureza chega até se admirar
O teu caboclo tão altivo e altaneiro
Para o mundo inteiro virou festa popular
Olha já.
Meu jeito aqui escamoteando a morena
Na lua serena brincando de Boi-Bumbá
No terreiro é festa tarubá, manicuera
A fogueira avisa o boião já vai chegar
Traz o tucupi, faz o tacacá
Tem pacú, bodó e curimatá
Vinho de cupu e taperebá
Festa de caboclo diz três o índio brasileiro
Garantido é forte é o rei deste lugar
Autor: Emerson Maia
Homenagem do Boi Bumbá Garantido em 1993 ao Rio Amazonas
Letra e musica, podem ser acessados pelo YouTube.
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