Paulo Almeida Filho – Servidor Público Federal Aposentado. Mestre Instalado e Grau 32 dos Corpos Filosóficos da Grande Loja Maçônica do Amazonas.
No Estado do Amazonas, temos 62 Municípios. Poucos deles interligados por via rodoviária.
Nossos Rios, Paranás e Igarapés, suprem os deslocamentos fluviais mais longínquos, que podem chegar: de 1 a 25 dias de viagem.
Neste artigo vamos escrever sobre alguns deles, visto que, por serem muitos é impossível retratarmos todos.
Rio Solimões – Entra no Amazonas na fronteira de Brasil e Peru e conclui sua jornada na cidade de Manaus, onde recebe o nome de Rio Amazonas. Nas margens do Solimões estão os Municípios de: Tabatinga, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antonio do Içá, Tonantins, Jutaí, Fonte Boa, Uarini, Alvarães, Tefé, Coari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manaquiri, Manacapuru, Iranduba e Careiro da Várzea.
Rio Amazonas – Inicia sua jornada na cidade de Manaus e segue pelo Estado do Pará até sua Foz no Oceano Atlântico. Durante sua jornada até o Pará, encontram-se os municípios de Itacoatiara, Urucurituba e Parintins.
Rio Javari – Entra no Amazonas através do limite do Estado do Acre e Fronteira com o Peru. Nas margens do Javari está o Município de Atalaia do Norte.
Rio Içá – Entra no Amazonas na Fronteira com a Colômbia. Localizado no Município de Santo Antônio do Içá.
Rio Jutaí – Localizado no Município de Jutaí.
Rio Juruá – Entra no Amazonas pelo limite com o Acre. Nas margens do Juruá os Municípios de: Guajará, Ipixuna, Envira, Eirunepé, Itamarati, Carauari e Juruá.
Rio Japurá – Entra no Amazonas na Fronteira com a Colômbia. Nas margens do Japurá os Municípios de: Japurá e Maraã.
Rio Purus – Entra no Amazonas pelo limite com o Acre. Nas margens do Juruá os Municípios de: Boca do Acre, Pauiní, Lábrea, Canutama, Tapauá e Beruri.
Rio Negro – Entra no Amazonas na Fronteira com a Colômbia. Nas margens do Negro os Municípios de: São Gabriel da Cachoeira, Santa Izabel do Rio Negro, Barcelos e Novo Airão.
Rio Madeira – Entra no Amazonas pelo limite com Rondônia. Nas margens do Madeira os Municípios de: Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte.
Paraná do Autaz-Açu – Localizado no Município de Autazes.
Paraná do Itapiranga – Durante sua jornada os Municípios de Silves e Itapiranga.
Rio Uatumã – Durante sua jornada os Municípios de São Sebastião do Uatumã e Urucará.
Rio Nhamundá – Localizado no Município de Nhamundá.
Rio Maués – Localizado no Município de Maués.
Paraná do Ramos – Nas suas margens os Municípios de: Boa Vista do Ramos e Barreirinha.
Rio Jandiatuba – Localizado no Município de São Paulo de Olivença.
Rio Tefé – Localizado no Município de Tefé.
Existem muitos outros Rios, Paranás e Igarapés que são navegaveis na época da cheia. Na vazante, muitos deles não permitem a navegação em seus leitos.
Para viajar pelo Amazonas são utilizados os Recreios ou Motor de Centro, as Lanchas Rápidas ou “Ajato” e até mesmo as “Rabetas”, suplantando as distâncias. Abaixo, alguns trechos e o tempo de viagem depende do meio de transporte utilizado.
Manaus / Parintins – Aproximadamente 18 a 20 horas de viagem. Desce o Rio Amazonas e passa por Itacoatiara e Urucurituba.
Manaus / Urucará – Aproximadamente 2 dias de viagem. Desce o Rio Amazonas, entra no Paraná de Itapiranga e no Rio Uatumã. No percurso Itacoatiara, Silves, Itapiranga e São Sebastião do Uatumã.
Manaus / Tefé – Aproximadamente 4 dias de viagem. Sobe o Rio Solimões até o Rio Tefé. No percurso Iranduba, Manacapuru, Anori, Anamã, Codajás e Coari.
Manaus / Tabatinga – Aproximadamente 7 a 8 dias de viagem. No percurso segue a rota até Tefé, depois, Alvarães, Uarini, Fonte Boa, Jutaí, Tonantins, Santo Antônio do Içá, Amaturá, São Paulo de Olivença e Benjamin Constant.
Manaus / Boca do Acre – Aproximadamente 8 a 10 dias de viagem. No percurso sobe o Rio Solimões até o Rio Purus, passando em Beruri, Tapauá, Canutama, Lábrea e Pauiní.
Manaus / Eirunepé – Aproximadamente de 12 a 15 dias de viagem. Sobe o Rio Solimões até a foz do Rio Juruá e sobe por ele. No percurso passa por Juruá, Carauari e Itamarati.
Os deslocamentos citados são feitos por meio de Recreio ou Motor de Centro saindo de Manaus que são os principais meios de transportes fluviais da região.
A partir o uso do transporte fluvial por Lancha o tempo de deslocamento diminuiu, em alguns casos, dias de viagem se transformaram em horas. Alguns exemplos:
Manaus / Tabatinga em torno de 2 dias; Manaus / Parintins, em torno de 6 horas; Manaus / Tefé, em torno de 12 a 14 horas e; Manaus / Manicoré, em torno de 12 horas.
Em 2021, no dia 30 de maio, as águas do Rio Negro alcançaram o limite da principal cheia do Estado, que certamente será superada nos próximos dias.
Assim, os Amazônidas vivem a vida seguindo o ritmo e o nível das águas dos Rios, Paranás e Igarapés.
Fonte e foto: Google e Internet