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HISTÓRIAS E LENDAS AMAZÔNICAS: TRANSPORTE FLUVIAL DE PASSAGEIRO E DE CARGA NO AMAZONAS

by Gilmar Couto

Paulo Almeida Filho – Servidor Público Federal Aposentado. Mestre Instalado e Grau 32 dos Corpos Filosóficos da Grande Loja Maçônica do Amazonas.

No Amazonas, temos 62 municípios, incluído a capital Manaus.

Considerado o meio de deslocamento mais correto em relação ao meio ambiente e capacidade, o transporte fluvial atende aos mais diversos aspectos econômicos do Estado. Visto que, essa atividade concentra a maior parte da condução de cargas e passageiros da região.

A estimativa é que por ano, aproximadamente 2,5 milhões de pessoas utilizem embarcações como o meio de transporte e 1,5 milhão de toneladas de cargas sejam deslocados ao interior.

Para quem opta pelo serviço hidroviário há um leque de opções, que evoluíram nos últimos anos, além dos barcos “Recreios” tradicionais, existem as lanchas “a jatos”.

A estrutura dos terminais, ainda é deficitária e precisa melhorar, para receber passageiros e cargas. Mesmo com a grande importância logística, a navegação na região não possui legislação adequada e não recebe investimentos adequados para seu desenvolvimento, visto que, boa parte da carga e produtos escoados de Manaus ao interior passam pelo modo fluvial.  

Além da sinalização adequada nos rios, que carece de projeto consistente, outros gargalos da atividade são: a falta de infraestrutura na área portuária e dragagem em certos pontos dos diversos rios da região, o que compromete o tempo e o volume na navegação.

No Porto da Ceasa no Distrito Industrial, a estimativa é que 89 mil veículos embarcam e desembarcam nas balsas anualmente. O local possui diversas opções de deslocamentos, tanto para carros quanto para pessoas, com acesso a diversos Municípios do Amazonas.

Quanto ao Porto de Manaus (Roadway), centenas de embarcações operam por mês, sendo que, a maioria atraca no porto toda semana. A estimativa é que circulam aproximadamente 2.500 passageiros por dia no Porto Público de Manaus.
Na Manaus Moderna, não há levantamentos precisos do número de passageiros e embarcações que atracam nas balsas na orla. A estimativa que existe é que o local concentra 50% do embarque e desembarque de passageiros dos barcos que chegam e saem da capital.

O Comando do 9º. Distrito Naval da Marinha do Brasil orienta os passageiros para uma viagem segura e rápida.

Entre os requisitos estão observar a lotação máxima de passageiros, se a embarcação é regularizada perante a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC) e dispõe de coletes salva-vidas. Além disso, os pais ou responsáveis por crianças devem solicitar nas embarcações os coletes próprios para essa faixa etária e pelo menos 10% da capacidade da embarcação deve estar dotada de coletes infantis.

O Comandante é o responsável pela operação e manutenção da embarcação em condições de segurança, extensivas à carga, aos tripulantes e às demais pessoas a bordo e aos demais procedimentos. As determinações são previstas pela Lei Nº. 9.537, de 11 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário e pelo Decreto Nº. 2.596 de 18 de maio de 1998, que a regulamenta.

A hidrovia do Rio Amazonas é a principal via de transporte e escoamento de cargas na região Norte e é responsável por cerca de 65% do total transportado. Apresenta extensão de 1.646 km, atravessando as bacias dos rios Foz do Amazonas, Jatapu, Madeira, Negro, Paru, Tapajós, Trombetas e Xingu e encontra continuidade na hidrovia do Solimões.

 Entre suas características está o fato de ser navegável em praticamente todos os seus afluentes, devido a boa profundidade da calha dos rios e a inexistência de corredeiras na planície amazônica. Nesta hidrovia são realizados os deslocamentos de passageiros, transporte de pequenas cargas e o transporte cargas direcionados aos grandes centros regionais: Belém (PA) e Manaus (AM).

A hidrovia é fundamental para o comércio interno e externo da região Norte porque propicia a oferta de produtos a preços competitivos.

De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, a média anual de movimentação de cargas desde o início da década tem sido de cerca de 50 milhões de toneladas por ano. A ligação com a hidrovia do Madeira e do Tocantins-Araguaia contribuem para a ampliação do transporte hidroviário na região.

 A hidrovia permite a navegação de grandes comboios, com até 18 mil toneladas, mesmo durante a estiagem. A largura varia entre 440 metros e 9.900 metros, e a profundidade oscila de acordo com as estações seca e chuvosa e pode chegar a 13 metros.

A bacia na qual se situa a hidrovia do Amazonas é a maior do mundo, com uma área de drenagem de cerca de 7 milhões de km2.  Desta área total, cerca de 55% está sitiado no Brasil, abrangendo os Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Roraima e Rondônia, onde atravessa 29 municípios nos Estados do Amazonas (AM), Amapá (AP) e Pará (PA).

 De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, o período de enchente da hidrovia do Amazonas se encontra entre fevereiro em junho e o período de vazante entre julho e outubro

A cabotagem é o tipo principal de navegação, seguida pela de longo curso e navegação interior. Pequenas cargas e passageiros se deslocam para localidades ribeirinhas e grandes volumes são transportados em tráfego de cabotagem e de longo curso.

A hidrovia é navegada por barcos de recreio, embarcações ribeirinhas, de turismo e lazer, balsas de cargas, balsas de derivados do petróleo, navios mercantes e navios graneleiros.

Abaixo alguns roteiros e tempo de viagem, dependendo do tipo de embarcação utilizada:

Pelo Rio Madeira, de Manaus subindo o rio e passando por Nova Olinda do Norte, Borba, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá até alcançar Porto Velho, a viagem dura 6 a 7 dias. A volta de Porto Velho para Manaus, a favor da correnteza, os dias percorridos chegam a 4.

Pelo Rio Amazonas até Parintins, a viagem dura cerca de 18 horas na baixada. O retorno para Manaus, subindo o rio a duração é de pouco mais que 24 horas.

Pelo Rio Solimões até Tefé, passando em Anori, Anamã, Codajás e Coari, a viagem dura quase 3 dias.    

Pelo Rio Solimões até Tabatinga, passando por Alvarães, Uarini, Jutaí, Fonte Boa, Tonantins, Santo Antonio do Içá, Amaturá, São Paulo de Olivença, Benjamin Constant, o tempo de viagem é em torno de 7 dias. O retorno para Manaus, dura 4 dias aproximadamente.

Pelo Rio Juruá até Eirunepé, passando por Juruá, Carauari, Itamarati, em torno de 10 dias.

Pelo Rio Purus, saindo de Manaus até Boca do Acre, passando por Beruri, Tapauá, Canutama, Lábrea, Pauini em torno de 8 dias de subida. O retorno dura 6 dias aproximadamente.

Além da opção do Motor Recreio há o deslocamento em Lanchas “Expressos”, que reduzem o tempo de viagem.

Fonte: Google, Wikipedia

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