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HISTÓRIAS E LENDAS AMAZÔNICAS: MANAUS, MINHA CIDADE RISONHA!

by Gilmar Couto

Paulo Almeida Filho – Servidor Público Federal Aposentado. Mestre Instalado e Grau 32 dos Corpos Filosóficos da Grande Loja Maçônica do Amazonas.

Dia 24 de outubro de 2021, Manaus comemora 352 anos de existência!

A descoberta da região da Amazônia, hoje correspondente aos estados do Pará e Amazonas é de responsabilidade do Espanhol Francisco de Orellana. O viajante do século XVI descreveu as paisagens vistas e disse também ter encontrado mulheres amazonas guerreiras, uma história cheia de fantasias, mitos e folclores.

Após esse evento, a região ficou esquecida na história brasileira, sendo somente por volta de 1637, relembrada pelos frades Domingos de Brieba e André Toledo, que realizaram uma expedição ao Rio Amazonas e despertaram o interesse dos capitães portugueses na região.

A história de Manaus está atrelada à exploração da Floresta Amazônica, em especial pelo desbravamento dos rios da região pelos colonizadores portugueses. A região Amazônica era considerada como estratégica por Portugal, assim como era uma região de muitas riquezas naturais, razões pelas quais houve o interesse dos portugueses em construir edificações para delimitar a região e estabelecer o seu domínio político e militar.

Em 1669, Manaus teve sua origem situada à margem direita do rio Negro, o pequeno arraial foi formado em torno da Fortaleza de São José do Rio Negro, criada para guarnecer a região de possíveis investidas dos inimigos. Nesse mesmo ano, foi erguido o Forte de São João da Barra do Rio Negro, que ficava a três léguas da foz do rio. Durante 114 anos, funcionou como defesa da região.

O povoado de Barra do Rio Negro, nas proximidades da fortaleza, foi o primeiro núcleo urbano da região, que deu origem à atual cidade de Manaus. A cidade, a partir desse período, vivenciou um grande crescimento econômico, em razão do Ciclo da Borracha.

A exploração de látex foi a principal atividade da economia local até meados do século XX, quando entrou em decadência, por causa da concorrência da borracha produzida na Ásia, entre outras questões.

A cidade de Manaus situada no Estado do Amazonas, na Região Norte do Brasil está localizada na porção nordeste do território amazonense, mais precisamente na margem esquerda do Rio Negro. O município é muito próximo da confluência de dois dos principais rios amazônicos: o Rio Negro e o Rio Solimões, que formam o Rio Amazonas.

O território da cidade é banhado ainda por vários cursos de água de menor porte. A cidade foi fundada em uma área de planície aluvial, ou seja, formada pela deposição de sedimentos provenientes de processos geomorfológicos e hidrográficos. Portanto, o relevo local é bastante uniforme e classificado como de planície.

As inundações na cidade são recorrentes, principalmente nos períodos de maior volume de chuvas. Desde sua formação, a cidade de Manaus, sempre foi acolhedora com seus visitantes.

Os pontos turísticos existentes na cidade de Manaus, deixa a impressão de verdadeiras relíquias históricas e de máxima relevância cultura. Entre estes podemos citar:

Teatro Amazonas – Um dos mais importantes do Brasil e o principal cartão-postal da cidade de Manaus. Localizado no Largo de São Sebastião, no Centro Histórico, foi inaugurado em 1896, para atender ao desejo da elite amazonense da época, que idealizava a cidade à altura dos grandes centros culturais.

De estilo renascentista, possui em sua estrutura externa detalhes únicos na sua cúpula, tornou-se um dos monumentos mais conhecidos do Brasil e, consequentemente, o maior símbolo cultural de Manaus e uma das expressões arquitetônicas responsáveis pela fama da cidade de Paris dos Trópicos.

Por ser uma obra singular no país e representar o apogeu de Manaus durante o ciclo da borracha, foi tombado como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN em 1966. Está localizado mais precisamente na Avenida Eduardo Ribeiro e recebe cerca de 288 mil visitantes ao ano.

Com uma decoração nobre, o Teatro Amazonas já foi palco não somente de grandes peças teatrais, mas também de shows internacionais, como o da banda The White Stripes. Desde 1997, o Festival Amazonas de Ópera é realizado no teatro.

Em 2008, o teatro foi eleito uma das sete maravilhas brasileiras em dois concursos promovidos pela Revista Caras em parceria com o banco HSBC e outro pelo escritório de design Goff. Em 2014, o TripAdvisor, considerado o maior site de viagens do mundo, elegeu o Teatro Amazonas a terceira melhor atração turística do Brasil.

Mercado Municipal Adolpho Lisboa – Também conhecido como Mercadão, está localizado às margens do rio Negro, no Centro da cidade de Manaus. Construído durante o ciclo da borracha com material importado da Europa, sua estrutura em ferro fundido foi projetada pelo engenheiro francês Gustave Eiffel, o mesmo que projetou e deu seu nome à famosa Torre Eiffel.

Com mais de 135 anos de história, foi inaugurado em 15 de julho de 1883, sendo um dos mais importantes espaços de comercialização de produtos e alimentos típicos da Amazônia, em função da variedade de espécies de peixes de água doceartesanatosfrutaslegumes e especiarias, atraindo a atenção e a curiosidade de quem o visita. O Mercadão é um símbolo da arquitetura do período áureo da economia da borracha e uma relíquia para todo o Brasil.

Sobre a bandeira do portão principal, existe uma cartela cravada com o nome Adolpho Lisboa que, na época da construção, era Prefeito da cidade de Manaus. Posteriormente Lisboa deu o nome ao mercado.

Por ser um dos principais exemplares da arquitetura de ferro sem similar em todo mundo, foi tombado como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN em 1987, e incluído no Livro das Belas Artes.

Encontro das Águas – É um fenômeno natural facilmente visto em muitos rios da Amazônia. Os fatores para isso ocorrer na região variam desde questões geológicas, climáticas, termais ou até mesmo o tamanho ou a acidez dos rios.

O mais famoso encontro das águas está localizado na frente da cidade de Manaus, entre os rios Negro e Solimões, sendo uma das principais atrações turísticas da capital amazonense.

Centro Cultural Palácio Rio Negro – Foi construído em estilo eclético em 1903, para ser residência particular de um abastado comerciante da borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz. É um dos prédios mais emblemáticos desse período, que marcou a economia do Estado.

O local funcionou como sede do Governo e, em 3 de outubro de 1980, foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Amazonas. Ao longo dos anos, foi reformado, restaurado e adaptado e em virtude de sua beleza arquitetônica e relevância histórica, foi transformado em Centro Cultural.

O Centro Cultural Palácio Rio Negro conta com salões para recitais, exposições, lançamento de livros e diversas atividades culturais. Mantém, ainda, um gabinete de despachos para o governador e a agenda aberta para atos oficiais, quando necessário.

Zoológico do CIGS – Teve sua origem em 1967, a partir da necessidade de apresentar aos alunos do Curso de Operações na Selva, elementos da fauna e flora amazônicas, importantes na formação dos guerreiros de selva. O que levava os instrutores e monitores da época a colecionarem animais em um depósito a céu aberto, localizado dentro da atual área do Zoológico.

A partir de 1969, foi aberto ao público em geral, com o seu acervo bastante aumentado, oriundo de doações dos moradores do entorno do CIGS, passando por diversas modificações ao longo dos anos. Atualmente, ainda chamado de “Zoológico do CIGS/1967” é parte integrante da Divisão de Veterinária, cujas instalações atuais foram inauguradas em 04 de junho de 1999.

Considerado um dos principais pontos turísticos de Manaus, possui em seu acervo somente animais amazônicos brasileiros, contando atualmente com 162 animais distribuídos em 56 espécies, das quais várias estão enquadradas nas diversas categorias do IBAMA de ameaça de extinção no restante do Brasil.

Praia da Ponta Negra – Originalmente, foi habitada pelos Manaós, que deram origem ao nome da cidade. Reconstruída na década de 90, o complexo de lazer da Ponta Negra modernizou cerca de 2 km da orla do rio Negro, no extremo oeste da cidade, dotando este espaço com quadras de esportes, bares e diversos outros serviços. Em meados dos anos 2000, a região passou por uma enorme reforma e foi totalmente reurbanizada, entre as novidades da reforma destacam-se o novo calçadão com pedras portuguesas, inspirado no piso do Largo de São Sebastião, escadaria, anfiteatro, passarela, praça na rotatória com chafariz e espelho d’água, com fonte que funciona com música e iluminação a LED, além de três mirantes com vista para o rio Negro na Praça da Marinha. A Ponta Negra ganhou ainda novos estacionamentos e jardins.

Praça de São Sebastião – Localizado no centro histórico de Manaus é um dos pontos turísticos mais badalados da capital amazonense. Bares, museus, casarões antigos e apresentações artísticas são as principais atrações do local, que compreende toda a área do entorno da Praça de São Sebastião.

No local, fica a Igreja de São Sebastião, construída em 1888, o Teatro Amazonas, inaugurado em 1896 e o famoso Monumento à Abertura dos Portos, do escultor italiano Domenico de Angelis. A calçada da praça faz parte de um conjunto de obras viabilizado pelos magnatas da época áurea da borracha, no Amazonas.

O passeio foi inaugurado em 1901, com ladrilhos portugueses. O Largo de São Sebastião abriga importantes atividades culturais, relacionadas aos eventos promovidos pelo Estado, como os festivais, festas carnavalescas, shows de música, de dança, espetáculos natalinos, além de exposições que ocorrem na Galeria do Largo, que também funciona no local.

Centro Cultural dos Povos da Amazônia (CCPA) – Inaugurado em maio de 2007 é um espaço que visa valorizar, difundir e disseminar as informações geradas e produzidas sobre os países da Amazônia Continental, formada por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e a Guiana Francesa.

O CCPA dispõe de uma cúpula com cerca de 150 lugares e um auditório com capacidade para 70 pessoas, além de uma ampla arena de espetáculos com capacidade para 17 mil pessoas sentadas. Na parte superior externa do prédio são encontrados os registros de ícones rupestres representativos de diversos países amazônicos.

Também conta com espaços para visitação do público em geral, com exposições temporárias e permanentes, dentre as quais as representativas do cotidiano Amazônico, como a: Casa do Caboclo (com decoração e utensílios típicos das casas da população ribeirinha); Moenda de Cana-de-açúcar (representando o ciclo econômico da cana-de-açúcar); Xapono Yanomami; Barracão do Guaraná (mostrando as etapas de produção artesanal do produto em bastão); Casa da Farinha (com ambientação e utensílios utilizados na fabricação artesanal da farinha de mandioca); Tapiri de Defumação da Borracha e; Casa do Seringueiro, além da representatividade do transporte regional, através das canoas.

Faz parte das instalações do CCPA, o Museu do Homem do Norte, que possui um acervo de 4.116 peças, dentre elas, a Coleção Noel Nutels, médico sanitarista que se dedicou ao trabalho junto aos povos indígenas, no Parque do Xingu.

Também estão no museu acervos da Fundação Nacional do Índio (Funai), destacando-se máscaras indígenas para rituais, adornos, canoas, esteiras, fragmentos arqueológicos e cerâmicas com peças e artefatos variados.

O complexo disponibiliza acesso à pesquisa, por meio dos acervos localizados no Memorial e Biblioteca Mário Ypiranga Monteiro, Biblioteca Arthur Reis, no Núcleo de Documentação Samuel Benchimol e na Biblioteca Infantil Emídio Vaz D´Oliveira.

O Memorial e Biblioteca Mário Ypiranga Monteiro, com 15 mil volumes. O acervo, do escritor que dá nome ao local, é constituído de obras raras, coleções especiais e livros de sua autoria.

No Núcleo de Documentação Samuel Benchimol são disponibilizados ao público 33 computadores conectados à internet e os mais modernos equipamentos de tratamento documental. O espaço é destinado à pesquisa amazônica, com o objetivo de coletar, tratar, disponibilizar e gerenciar acervos sobre a região.

Em uma das laterais internas do prédio está a Passarela dos Arcos. É composta por nove arcos, com imagens das nove nações que integram o território amazônico e informações (trilíngues – português, inglês e espanhol) em totens distribuídos no local. 

Jardim Botânico Adolpho Ducke – É o mais novo espaço oferecido pela cidade aos seus habitantes e turistas, tornando realidade o desejo dos que buscam a emoção de desvendar as maravilhas da biodiversidade Amazônica contidas na reserva.

Logo a entrada ergue-se um complexo de edificações, composto por: um monumento alusivo às madeiras nobres da Amazônia, um pavilhão de eventos, uma cantina, uma biblioteca, salas administrativas, sala de serviços gerais, banheiros e viveiros de mudas.

Em seguida, o visitante defronta-se com as trilhas interpretativas, em ambiente (minimamente), alterado apenas para a abertura dos caminhos que levam às florestas de platô e terra firme. Ao longo dos séculos, os jardins botânicos têm sido instrumentos indispensáveis para o desenvolvimento científico-cultural, berço de considerável patrimônio florístico, proporcionando material para estudos e pesquisas, promovendo a conservação da flora e a proteção de espécies ameaçadas de extinção.

O Jardim Botânico Adolpho Ducke é um dos poucos no mundo a nascer com forte apelo ambiental e social no processo de urbanismo da Cidade.

Existem muitos outros pontos de grande relevância na cidade de Manaus, como: o Museu Numismático, Museu do Índio, Porto Fluvial de Manaus, Praça da Policia, Praça D. Pedro II (antiga Prefeitura), Arena da Amazônia, Palácio da Justiça, etc.

Fonte: Wikipédia, GOOGLE, MUNDO EDUCAÇÃO, PORTAL CULTURAL AMAZONAS,

Fonte e fotos: Google, Wikipedia, GLOMAM, YouTube e Site do Governo do Amazonas.

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