VAMOS FALAR DE LUTA BOA: TELE RING NO AMAZONAS

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Em Tempos de Pandemia, onde a população trava uma batalha hercúlea contra um vírus, que insiste em levar milhões de pessoas para o “Oriente Eterno” e a busca por alternativas de defesa é cotidiana, no artigo de hoje, vamos falar de Luta boa: a do Tele-Ring – o combate do “catch amazonense”.

A foto do artigo é a capa do livro: TELE-RING – 43 ANOS DE HISTÓRIA, de Carlos Augusto Coutinho, lançado em Manaus em 2013, com capa criada por Maria Luiza Damasceno, a quem damos os devidos créditos.

Agradeço a contribuição do José Carlos de Sena Dantas (o Lobo Selvagem), que enviou informações relevantes e que agora chegam aos nossos leitores.

Essa bela História tem início em uma Manaus, no fim dos anos 60, com mais ou menos duzentas mil pessoas: “com muitos aparelhos de rádio e poucos televisores em preto e branco, onde as famílias assistiam o Programa AS NOS ESPORTES, apresentado por Arnaldo Santos (uma referência para nós), pela extinta TV Ajuricaba, da família Hauache”, segundo Carlos Costa, que apresenta o livro.

O Programa Tele-Ring era exibido toda terça-feira, com grande audiência.

Com poucos aparelhos de TV na cidade, uma cena comum era a presença dos vizinhos reunidos a frente dos aparelhos de televisão dos “afortunados”.

As lutas aconteciam em vários locais, dentre eles: Olímpico Club, Rio Negro Clube, Nacional Clube, Fast Clube, vários circos, Cine Polyteama, Parque Amazonense e outros. A exemplo dos grandes espetáculos, o confronto dos lutadores lotava os locais onde eram realizados.

Os combates aconteceram também na: TV Amazonas, TV Baré, TV Educativa. Nas cidades de Manacapuru, Itacoatiara, Parintins, Roraima, Porto Velho, Guajará Mirim, Benin (Bolívia), Iquitos (Peru), dentre outras.

No livro, o Historiador Rildo Heros, descreve que a luta Catch Can (agarre como puder), nasceu no México, no ano de 1897, com o lutador espanhol e especialista em luta Greco-Romana, Salvador Versalle, instrutor de defesa pessoal da polícia mexicana. Que com o empresário e dono do Circo Arena México Felipo Estaguine, criaram o show de luta livre com técnicas teatrais conhecido até hoje.

Conforme Coutinho, os personagens usavam fantasias, que caracterizavam o bem e o mal.

Entre os HERÓIS, destaque para: Demolidor, Ulisses, Viking, Oder, Spartacus, Falcão Dourado, Targos, Argus, Silva, Paladino, Valentino, Buda, Águia Negra, Corisco, Tigre, El Cholo e Leão da Amazônia.

Pelos VILÕES, evidência para: Lobo Selvagem, Cabeleira, Lothar, El Toro, Atlas, Múmia, Carrasco, Cearense, Killing, Linhares da Amazônia, Mini-Maciste, Mamute, Brutus, Capanga e Gato-Selvagem.

Era tempo do Regime Militar e tudo, necessariamente, precisava de autorização da Polícia Federal, inclusive, os nomes dos vencedores das lutas.

Não esqueçam, tratava-se de um espetáculo, com muito treino e ensaio.

Como qualquer show, por se tratar de um evento de luta, de vez em quando os ânimos se exaltavam e nem sempre tudo saía como combinado.

Às vezes, um ou outro golpe entrava com mais contundência e os lutadores precisavam ser lembrados que eram ASTROS de um grande SHOW: “com demonstração de técnica e arte, que fascinava a plateia e transformava a noite de Manaus mais festiva”.

A despeito das dificuldades e desafios da época, o Tele-Ring – o combate do “catch amazonense”, foi um sucesso sem precedentes.

Criou ÍDOLOS, que ainda hoje são reconhecidos e lembrados.

Enfim, a História desta “LUTA BOA” é longa e com detalhes interessantíssimos.

Recomendo a leitura de: TELE-RING – 43 ANOS DE HISTÓRIA, de Carlos Augusto Coutinho, disponível em:

Não canso de repetir: É provado, cientificamente, que a Atividade Física, o Esporte, o Exercício e o Lazer mudam vidas e salvam gerações! Que Esporte é cultura, saúde e entretenimento garantido!

Um forte e fraternal abraço a todos e até o nosso próximo encontro!

Foto: capa do livro: TELE-RING – 43 ANOS DE HISTÓRIA