Crônica semanal de Dudu Monteiro de Paula: “Saiu do nada”

Olá, Salve, Salve!

Por: Dudu Monteiro de Paula

SAIU DO NADA

Um dia alguém pegou o projeto de um ginásio de 25 anos atrás e resolveu construir.

Desta forma, “DO NADA’, surgiu a Arena Amadeu Teixeira, que já nasceu deficiente. Pequenos, porém, graves problemas na sua utilização!

Não chega a ser um “elefante branco”, mas trata-se de uma “mula branca”. Pois carrega algo, maaaaaais!

Alguns anos passaram e assim, “DO NADA”, resolvem demolir o Vivaldão e construir a Arena da Amazônia.

Se não fossem os milhões desviados na obra, diria que foi: uma bela ideia, não a destruição, mas a injeção de juventude do velho Vivaldão!

O “Tartarugão” (primeiro apelido do Vivaldo Lima), foi o palco dos grandes espetáculos (expressão do competente e idolatrado Arnaldo Santos). Vivemos extraordinários momentos, com a inauguração do estádio, que recebeu o jogo entre a Seleção Brasileira (que seria depois, Tricampeã do mundo) e a Seleção Amazonense de futebol.

Lembro bem deste dia, a Avenida João Coelho (hoje Avenida Constantino Nery), era puro barro e o local que o Vivaldão foi construído à época, chamado de Cidade das Palhas. No lugar havia um córrego, mais precisamente, um chavascal, tanto que, o velho Vivaldão sofria com inundações nos vestiários e áreas inferiores do estádio.

No dia da inauguração só estava construída a parte leste, ou seja, a metade. A construtora colocou um tapume na parte oeste, onde era a entrada do público em geral!

O Governador Danilo Duarte Areosa, mandou distribuir no portão de entrada, milhares de chapéus de palha (muito boa ideia), haja vista, o calor no dia era estupendo. Acho que Manaus tinha, mais ou menos, 300 mil habitantes e a maioria foi para lá, afinal, nada ocorria em nossa cidade.

Estávamos na presença da nossa gloriosa Seleção Brasileira, que vinha de uma péssima campanha nas eliminatórias e sendo hostilizada nos estádios do sul “maravilha”!

Deu a lógica, o tapume foi derrubado e a invasão foi inevitável. O Governador, não complicou, deixou todos no lugar que conseguiram ficar.

Um marco na História do Amazonas!

Parabéns, Arena da Amazônia Vivaldo Lima: o jovem\veterano de 50 ANOS.

Já sei!

Você deve estar se perguntando: o que isto tem a ver com o título deste artigo: “SAIU DO NADA”?

Como sempre, ontem, hoje e pelo jeito, amanhã! As autoridades e gestores de nossas cidades e nosso Estado, tem o péssimo hábito de não respeitar a História de ninguém. Decidem tudo, sem consultar o verdadeiro proprietário dos espaços públicos, dentre eles, os equipamentos esportivos! Ou seja: a população, pagadora de impostos.

Portanto, faltou o respeito para com o VIVALDO LIMA e o povo do Amazonas.

Vixe!!!!! Estou saindo!!!!! Fuuuiiiii!!!!!