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DIRETAMENTE DO MEU SMARTPHONE

by Gilmar Couto

Professor Ricardo Tadeu da Silva Onety.

Em maior ou menor escala, a tecnologia invadiu nossas vidas.

É inegável que as atividades humanas passam necessariamente pela recente modernidade das tecnologias digitais.

A “internet atualmente” é como água: sem ela não há vida, não há nada.

A internet teve como objetivo inicial, permitir a troca de informação entre pessoas, empresas e organizações atendendo as mais variadas demandas. Ela nos oportuniza diversas formas de interação social: como trabalhamos, nos relacionamos, nos divertimos, além da possibilidade de compartilhar quase tudo instantaneamente.

As tecnologias facilitaram a expansão das redes sociais e ao mesmo tempo possibilitou atingir milhões de pessoas e transformá-las em potenciais clientes. Nada “escapa dos algoritmos”.

Estudos recentes, apontam que os bytes gerados no mundo digital superariam em 40 vezes a quantidade de estrelas no cosmo observáveis (Business Cloud DOMO, 2020).

As famílias são bombardeadas diariamente com excesso de informação que altera as relações humanas entre seus membros, quer queiramos ou não, tornando-as reféns. Alguns familiares passam a ter “Comportamento Zumbificado” (a oferta de informação gera efeito contrário, as pessoas decaem para um estado de indiferença ou apatia).

Parece que as redes sociais nos regem, ditam normas e criam novos hábitos.

Uma espiadinha antes de deitar ou levantar; uma curtida; uma postagem; alguns likes; são ações que fazemos na maioria das vezes mecanicamente, inconscientemente.

Vocês conhecem alguém assim?

Acreditava que não era tão ligado nas redes sociais ou no celular.

Alertados pelos filhos que me desafiaram e provaram que passo muito tempo navegando, fiquei surpreso com o número de horas semanais.

Fica o alerta de Mario Sérgio Cortella – “Quando ficamos muito tempo conectados ou recebendo estímulos, privamos nosso cérebro de repouso, este estado de vigília contínua impede que repousemos adequadamente” (a falta de um sono de qualidade virou pandemia mundial, papo para outra crônica).

Deixá-las de usar é impossível!

Devemos aprender a amenizar os danos, a filtrar o que vemos, ouvimos e compartilhamos (um ato físico).

Não conheço outro remédio para combater a “epidemia de informação e /ou desinformação”, pelos diversos canais das redes sociais.

Então escolhi dar uma espiadinha em meu celular e dividir com vocês algumas observações de grupos diretamente do meu smartphone. Só muda o nome na agenda, acredito que estes assuntos também estão em seus celulares.

A seleção não obedeceu a nenhum critério metodológico.

A perda de um dos gênios da arte brasileira Jô Soares (dramaturgo, ator, humor, diretor, escritor e apresentador), infelizmente foi o conteúdo mais comentado enquanto traçava estas linhas e outros sempre estão conosco: Política-Eleições, Futebol, Sextou, Churrasco, Agenda Cultural e etc.      

Vamos aos grupos de WhatsApp.

O primeiro grupo é o familiar, lá tem quase tudo. Com o passar do tempo os mais diversos assuntos aparecem, desaparecem e se ajustam, uma espécie de seleção natural.

Aliás, este grupo deve ser cuidado e preservado com muito carinho, em tempos difíceis não podemos “sair do grupo mais importante” que temos.

Dentre outros objetivos, se caracteriza pelo singelo: Bom dia! Geralmente iniciado por pessoa especial que evangeliza sem intenção.

Ela se preocupa com tudo e com todos: Lembrando os aniversariantes do dia, as primeiras notícias boas ou más não importam. Ela mantém o grupo VIVO.

Este grupo querido não poderia faltar e merece destaque, além de ser o mais divertido: o dos colegas de escola ou faculdade. Não para de crescer, sempre cabe mais um amigo, pois, se conhecem há bastante tempo e possuem toda a liberdade para digitar, falar ou postar o que quiser, só uma regra: Proibido Lacrar!

Tem até dia para zoar torcedor do clube rival e quando começam a falar “coisas desagradáveis”, felizmente alguém percebe e posta algo engraçado para desfazer o mal-estar.  As mesmas histórias com nova roupagem e pitadas de humor se repetem, quando se encontram nos churrascos, parecem meninos.

Neste grupo não pode haver melindres (acredito que em todos).

O grupo do trabalho? Este deveria cumprir papel a que se propõe: “Avisos, marcação de reunião, tarefas e encontros”. Porém, às vezes é difícil mantê-lo com único propósito.

É papo de futebol, política, piadas e às vezes “excesso de bom dia” (lembrei um amigo).

É também um medidor de mau humor do chefe. Mas quando os membros da sala ou do grupo são bacanas e parceiros, nada quebra a harmonia, deixando-o leve. 

O grupo da igreja é incrível! É fundamental!

Se alguém pensa que ali é lugar onde tem mais santo, pode esquecer, tem muita bronca também. Este grupo é de santos e pecadores, com problemas reais e visões completamente diferente uns dos outros (ainda bem, pois se todos fossem iguais seria muito chato).

Mesmo com todas as dificuldades não desistem, são irmãos de fé e propósitos, de ação comunitária. Tentam com suas limitações evangelizar a si mesmo e os outros.

O grupo do futebol para os boleiros é prioridade.

De primeira um agradecimento todo especial às esposas, namoradas e companheira: “Muito obrigado!

Mas não deem cartão vermelho a eles” (psiu! ainda se acham craques). Este grupo não tem começo ou fim, a pelada ou o campeonato continua por todo o ano, os golaços, os gols sem querer, os perdidos são motivos de zoação durante toda a semana.

Os mais maduros encaram o campeonato diferente, pouca importância se ganhar ou perder, mas a resenha pós-jogo é prioridade aos sábados, para mim é renovação para encarar os desafios da semana vindoura.

O objetivo destas linhas é propor uma reflexão leve desta ferramenta que se incorporou ao nosso corpo.

O celular tornou-se nosso sexto dedo, podemos emprestar da biologia e chamar de forma figurada está relação de “Mutualismo”.

Vamos aproveitar ao máximo os avanços tecnológicos e beneficiar todos os envolvidos, em relação harmônica.

O que você leu, viu, ouviu e compartilhou em seu smartphone hoje?

Foto: Internet

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