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Dudu comenta: Os excedentes mudaram a cara do povo amazonense

by Redação

Olá, Salve, Salve!

Por: Dudu Monteiro de Paula

Nos anos setenta, implantado no Brasil o vestibular unificado em muitos Estados, os alunos alcançavam as notas, eram aprovados e as vagas preenchidas. Assim surgiram: “os EXCEDENTES”, que podiam escolher qualquer lugar do país para estudar, desde que houvesse vaga!

No Amazonas, devido ao pequeno número de habitantes, sobravam vagas, em especial no curso de medicina. Centena de jovens, de todo Brasil desembarcaram em Manaus e ao mesmo tempo que estudavam, se adaptavam ao mormaço e a alimentação manauara.

Ao mesmo tempo, hábitos e costumes também desembarcavam nesta terra “Baré”. Aí, o esporte de terrinha mudou de cara.

Nesta leva de alunos, muitos Atletas de ponta vieram e uma nova feição foi dada ao esporte “caboco”. Como são MUITOS, fica complicado lembrar de todos e destacarei alguns.

No voleibol: Delbanor, Jonjoca, Edvar e Miguel Ângelo Anzoategui, que além de bons jogadores eram de ótimo porte atlético e considerados altos.

No basquete: Tonheca e César.

No judô: Nilsão (primeira medalha nacional conquistada pelo Amazonas).

Na natação: Juan Villa.

No atletismo: tivemos um grande impulso, com alguns fatos interessantes: o velocista César Lindoso, um Atleta de ponta do Brasil, que competia pelo Fluminense do Rio de Janeiro, antes de vir à Manaus. O Carlos “bigode”, outro Atleta velocista conhecido à época.

As provas de lançamento e arremesso também tiveram um grande impulso (disco, dardo e peso). Aliás, o Nilsão (judoca peso pesado), dominou o arremesso de peso por um bom tempo.

Tivemos também em Manaus, para surpresa de todos, o primeiro salto em altura de costas (o autor da façanha: não lembro o nome). Até então, não tínhamos Atletas que dominassem a técnica.

Em outras palavras, uma cidade pacata e com pouco movimento, começou a ser embalada pelo ritmo acelerado dos EXCEDENTES. Que, como eram desconhecidos, apenas estudavam e jogavam muito nas competições esportivas universitárias, inclusive, nos clubes, faziam com que os ginásios ficassem cheios e barulhentos, antes, durante e após os jogos.

A partir de então, os estudantes do segundo grau aprenderam a amar as competições no Estado.

Muitos destes Alunos/Atletas, após a formatura retornaram aos seus Estados, deixando um rastro de saudade. Outros tantos, transformaram nosso Estado em sua casa e hoje, vivemos a terceira geração desta miscigenação.

E um detalhe muito importante: a fisionomia do amazonense também mudou! Visto que, as garotas amazonenses, diante de tantos e variados tipos de brasileiros, casaram-se com os novos “cabocos” desembarcados e nunca mais fomos os mesmos!

Graças a Deus!

Atualmente, somos uma grande e agradável mistura de biotipos e, certamente, seremos felizes para sempre.

Por hoje é só! Semana que vem tem mais! Fuuuiiiiii!

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