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HISTÓRIAS E LENDAS AMAZÔNICAS – A LENDA DO GUARANÁ

by Gilmar Couto

Paulo Almeida Filho – Servidor Público Federal Aposentado. Mestre Instalado e Grau 32 dos Corpos Filosóficos da Grande Loja Maçônica do Amazonas.

A lenda do Guaraná tem origem na Região Norte do Brasil e é uma das mais populares do nosso folclore.

O guaraná é um fruto originário da Amazônia. Segundo a lenda folclórica da região, ele é originalmente os olhos de um indiozinho que foi mordido por uma serpente quando estava apanhando frutos na floresta.

Tudo aconteceu quando um casal de índios que não tinha filhos pediu ao Deus Tupã, que tornasse possível o seu desejo de serem pais. O pedido foi atendido e o casal teve um menino bonito e saudável que era estimado em toda a tribo.

As tribos de Mundurucânia eram as mais prósperas dos índios. Venciam todas as guerras, as pescas eram ótimas, os peixes os melhores e a doença era rara.

Tudo isso por causa de um curumim que, há alguns anos, nascera naquela tribo. Ele era o mais protegido de todos.

Nas pescas, era acompanhado por muitos, os pescadores desviavam dos rios as piranhas, jacarés ou qualquer outro perigo.

Mas, certo dia, toda a segurança foi embora: o Gênio do Mal apareceu em forma de cascavel e feriu o garoto. Um dia, enquanto o menino colhia frutos na floresta, JURUPARI se transformou em serpente, invejoso de suas qualidades, Jurupari, o Deus da escuridão, resolveu matar o indiozinho.

A tribo entrou em lamentação e em desespero. Tupã mandou trovões ensurdecedores alertando os pais do perigo que o menino corria, mas não houve tempo até que a serpente matasse o menino com o seu veneno.

Assim, Tupã disse: – Tirem os olhos do curumim e plantem-no na terra firme, reguem-no com lágrimas durante 4 luas e ali nascerá a “planta da vida”, ela dará força aos jovens e revigorará os velhos.

Os pajés não duvidaram, arrancaram e plantaram os olhos do curumim e regaram com lágrimas durante quatro luas.

O guaraná (nome científico: Paullinia cupana), comumente chamado guaranazeiro e uaraná é um cipó originário da Amazônia. É encontrado no Brasil, Peru, Colômbia e Venezuela, sendo cultivado principalmente no Município de Maués, no Estado do Amazonas.

O guaraná na sua forma selvática, sobe nas árvores podendo chegar a 13 metros de altura. Quando cultivado em áreas abertas assume a forma de um arbusto.

Os frutos dele, em cachos, tem uma casca vermelha que abre quando estão maduros. Aparece então a polpa branca e a semente preta, que fica exposta.

Essa sua forma única e caracteristica parece com um olho humano e isso alimentou as lendas indígenas sobre a sua origem.

A semente do guaraná é consumida pelos índios Sateré-Mawé há muitos séculos, bem antes da chegada dos europeus no Brasil. As sementes torradas contêm guaranina, um estimulante parecido com a cafeína.

O guaraná é um estimulante, aumenta a resistência nos esforços mentais e musculares e diminui a fadiga motora e psíquica. Por meio das xantinas possui cafeina e teobromina, e produz maior rapidez e clareza do pensamento. Entretanto, se ingerido em excesso, provoca efeitos colaterais como insonia, irritabilidade, taquicardia, azia, e dependência fisica.

Nasceu ali uma nova planta, travessa como as crianças, com hastes escuras e sulcadas como os músculos dos guerreiros da tribo. E quando ela frutificou, seus frutos de negro azeviche, envoltos de um arilo branco com duas cápsulas de cor vermelho-vivo.

Diziam os índios: – É a multiplicação dos olhos do príncipe! E o fruto trouxe progresso para a tribo. Ajudou os velhos e deu mais força aos guerreiros.

O consumo do guaraná aumenta o gasto calórico diário e diminui o apetite, por manter estáveis os níveis de glicose no sangue, combatendo assim, a obesidade. É rico em catequina, uma substância que combate os radicais livres, tendo efeito antioxidante e prevenindo o envelhecimento.

Guaraná é um refrigerante feito à base de fruta do guaraná. O processamento do xarope da fruta iniciou no Brasil em 1905, por Luiz Pereira Barreto, um médico da cidade de Resende no Rio de Janeiro.

Em 1906, foi lançado, pela F. Diefenthaller, uma fábrica de refrigerantes de Santa Maria no Rio Grande do Sul, o Guaraná Cyrilla. A bebida inicialmente era adstringente e acentuadamente amarga e por isso não se disseminou muito.

Fonte de Pesquisa: GOOGLE e YOUTUBE

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