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HISTÓRIAS E LENDAS AMAZÔNICAS: EXTRATIVISMO VEGETAL

by Gilmar Couto

Paulo Almeida Filho – Servidor Público Federal Aposentado.

No Brasil, em especial na Região Norte é muito comum o extrativismo de madeiras, castanhas, açaí e látex (seiva extraída da seringueira), muito utilizado para a fabricação de borracha.

O extrativismo vegetal também é chamado de coleta vegetal. Consiste na simples extração de produtos vegetais que não foram cultivados pelo homem, como madeira, óleos, frutos, borracha, entre outros.

Apesar do extrativismo não ser considerado sempre predatório e destrutivo é difícil encontrarmos áreas ecologicamente equilibradas.

Não devemos confundir extrativismo vegetal com agricultura.

O Brasil, por ser um país com vasta extensão territorial, apresenta espaço suficiente para as reservas naturais.

madeira é um dos produtos mais visados no extrativismo vegetal no Brasil. Normalmente, é extraída da mata de araucária ou floresta subtropical, com destino à produção de papel e celulose; da mata atlântica, que continua sendo explorada ilegalmente, mesmo existindo proteção de lei.

É da floresta amazônica, que gera muita madeira de lei. A extração de madeira está diretamente ligada ao problema do desmatamento no Brasil.

No leste do Pará, ocorre especialmente a extração da castanha-do-pará, que é um produto muito valorizado no Brasil e também na exportação. Cerca de 80% da produção é destinada aos EUA e Europa Ocidental e os principais produtores são: Amapá e Pará.

As palmeiras típicas da região amazônica fornecem palmito, que abastece o mercado interno e servem ainda para exportação, já que dessas árvores se aproveita praticamente tudo.

A extração do látex já teve importância bem mais significativa em seu extrativismo para o Brasil. O produto obtido através da seringueira ainda é utilizado na produção nacional de borracha, porém perdeu muito espaço com o avanço da tecnologia.

Depois do assassinato, em 22 de dezembro de 1988, do líder sindical Chico Mendes (nascido em 1944), o extrativismo vegetal passou a ser considerado como a grande ideia ambiental brasileira para conter os desmatamentos e queimadas na Amazônia e em outras partes do mundo tropical.  

Qual seria a viabilidade econômica da extração de produtos florestais não madeireiros?

A importância econômica de produtos extrativos tem apresentado modificações ao longo da história. Assim é o caso de vários produtos extrativos que tiveram grande importância na formação econômica, social e política da Amazônia.

A sustentabilidade da extração dos recursos extrativos, apresenta modificações com o progresso tecnológico, o surgimento de alternativas econômicas, o crescimento populacional, a redução dos estoques, os níveis salariais da economia, as mudanças nos preços relativos e outros fatores.

De forma geral, as atividades extrativas se iniciam, passam por uma fase de expansão, de estagnação e depois declinam, no sentido do tempo e da área espacial.

A opção extrativa como uma solução viável para o desenvolvimento da Amazônia deve ser considerada com cautela.

Para produtos extrativos que apresentam um grande estoque natural, como é o caso do fruto e do palmito de açaí, da madeira, da castanha-do-pará e até mesmo da seringueira, medidas devem ser tomadas para permitir uma extração versão ampliada da publicação.

Extrativismo Vegetal na Amazônia: história, ecologia, economia e domesticação mais balanceada.

A manutenção do extrativismo não deve ser feita em detrimento das alternativas tecnológicas decorrentes da domesticação.

Para muitos produtos, a oferta extrativa não consegue atender o crescimento do mercado, como acontece com o Pau Rosa, o Bacuri, a madeira, o Uxi, a Seringueira, entre outros.

Os produtos extrativos que apresentam alta elasticidade de demanda, ou quando todo o excedente do produtor é captado pelos produtores, apresentam maiores chances de sua domesticação imediata.

Nem todos os produtos extrativos vão ser domesticados, aqueles que apresentam grandes estoques na natureza, baixa importância econômica, existência de substitutos, dificuldades técnicas para o plantio e longo tempo para a obtenção do produto econômico terão maiores dificuldades para que se transformem em plantas cultivadas.

Muitos plantios foram iniciados pelos indígenas e pelas populações tradicionais, identificando as plantas com as melhores características de interesse e, posteriormente, nas instituições de pesquisa. A expansão da fronteira agrícola, a criação de alternativas econômicas.

A sustentabilidade do extrativismo vegetal também depende do mercado de trabalho rural, no qual, com a tendência da urbanização, a população rural está perdendo seu contingente não só em termos relativos, mas também em termos absolutos.

Com isso, aumenta o custo de oportunidade de trabalho no meio rural, o que tende a tornar inviável a manutenção do extrativismo e da agricultura familiar, dada a baixa produtividade da terra e da mão de obra.

Em longo prazo, a redução do desmatamento na Amazônia seria afetada pelo processo de urbanização e da redução da população rural em termos absolutos, promovendo a intensificação da agricultura e, com isso, os recursos florestais sofreriam menor pressão.

A dispersão dos recursos extrativos na floresta faz com que a produtividade da mão de obra e da terra seja muito baixa, tornando essa atividade viável pela inexistência de opções econômicas, de plantios domesticados ou de substitutos sintéticos.

Conforme alternativas são criadas e as conquistas sociais elevam o valor do salário mínimo, torna-se inviável a sua permanência, por ser uma atividade com baixa produtividade da terra e da mão de obra.

Um dos erros dos defensores da opção extrativa para a Amazônia é considerar esse setor como sendo isolado dos demais segmentos da economia.

A economia extrativa está embutida dentro de um contexto muito mais amplo do que é tradicionalmente analisado.

Em geral, a sequência consiste em: descoberta do recurso natural, extrativismo, manejo, domesticação e, para muitos, descoberta do sintético. No caso do extrativismo do Pau Rosa, por exemplo, passou diretamente do extrativismo para a descoberta do sintético.

A coleta de frutos e raízes constitui uma das mais primitivas maneiras de extração dos meios de subsistência do homem. No entanto, essa atividade, chamada de extrativismo vegetal, ainda é praticada. Corresponde à coleta de produtos retirados da natureza.
Na região Norte, essa atividade foi por tempo a única fonte de renda.

Hoje, outras atividades são praticadas, como a mineração, a agricultura e a pecuária.

Mas, ainda assim a extração vegetal é realizada, podemos destacar os principais tipos de extração:
Extração de Madeira: que são utilizadas especialmente na fabricação de móveis, produção de carvão e na construção civil. As madeiras mais exploradas são cedro, mogno e cerejeira.

Cupuaçu: fruta usada na fabricação de sucos, cremes, geléias, doces, sorvetes, entre muitas outras aplicações.

Açaí: fruta apreciada em diversas partes do Brasil, usada na fabricação de sucos, cremes, concentrados, polpas, entre outros.

Quina, Jaborandi e Copaíba: são vegetais com propriedades medicinais usados na fabricação de remédios e produtos de beleza.

Látex: substância extraída de uma árvore denominada de seringueira, é usada na fabricação da borracha.

Castanha-do-pará: é uma castanha oriunda da castanheira. Seu fruto serve para a fabricação de alimentos, cosméticos, óleos e remédios.

A Piaçava e a Malva: são usadas na fabricação de fibras.

A Sorva e a Balata: plantas usadas na fabricação de gomas não-elásticas.

Fonte: GOOGLE; WIKIPÉDIA; Eduardo de Freitas, Graduado em Geografia; PORTAL AMAZONIA.

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