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MAIS AMAZÔNIA, MENOS BRASÍLIA PARTE II

by Gilmar Couto

Fabiano Affonso: Engenheiro Agrônomo; Pós-Graduado em Comunicação e Metodologia Rural e Macroeconomia; Especialista em Política e Estratégia.

Em 9 de maio de 2020, assinamos e publicamos o artigo, quis a vida que ele estivesse atualizadíssimo e mostrasse a dura realidade da falta de estoques de oxigênio em Manaus. Rogo que a saúde do nosso Estado acate um ditado popular bastante antigo, “NÃO DEVEMOS COLOCAR TODOS OS OVOS EM UM ÚNICO CESTO”.

Pequenas usinas nos hospitais, maternidades e pronto socorros, tecnologia já existente, resolveria a questão da difícil logística da Amazônia.

Constatando a dificuldade e agradecendo a presteza do Governo Federal em deslocar 200 cilindros de oxigênio de Brasília para Manaus e, consequentemente, de Manaus para Tabatinga, fica a seguinte reflexão: O oxigênio é imprescindível para a saúde humana. Nosso Estado só possui Usina de O2 em Manaus e uma, extremamente pequena no município de Tabatinga no Hospital de Guarnição, no entanto, essa usina apresentou problemas em sua manutenção por ser antiga e o que facilitaria a sua recuperação ou uma nova atenderia a logística de todo o Estado.

O General Pazzuello, nosso conterrâneo, sendo um expert em logística e principalmente no que tange a logística do Estado do Amazonas há de entender a necessidade de proliferarmos tais usinas nos Polos Municipais que possam atender logística e a demanda dos municípios.

Pois bem, mediante a destreza do nosso Secretário Adjunto e verificando os mapas, constatamos que a instalação de novas usinas de O2 em Tabatinga, no alto Solimões (1.108 km de Manaus, com 4 horas e 30 minutos de voo), em Tefé, no médio Solimões (522 km de Manaus, com 2 horas de voo), em São Gabriel da Cachoeira, na calha do Rio Negro (836 km de Manaus, com 6 horas e quarenta minutos de voo), em Humaitá, na calha do Rio Madeira (610 km de Manaus, com 2 horas e vinte minutos de voo), em  Parintins, no baixo Rio Amazonas (366 km de Manaus, com 1 hora e 15 minutos de voo) e claro Manaus, conseguindo dessa forma interligar todos os 62 municípios.

Examinando valores, sabemos o quão oneroso essa operação seria, diante do monopólio do gás com White Martins, seria insignificante para esta empresa essa concessão, mas significativamente importante para o nosso Estado, com território de 1.571m2, salvando inúmeras vidas. Esta é a consequência do abandono de 520 anos à esta parte do Mapa cobrando a conta.

Ainda falando de realidades, cada rio Amazônico possui a sua peculiaridade.

A visita do Ministro da Saúde foi de extrema importância, mas indico a visita pessoalmente à escassez do interior como: Envira, Boca do Acre, São Gabriel da Cachoeira, Eirunepé ou Tabatinga, pois lá também vivem amazonenses e só temos atendimento hospitalar em condições humanas na Capital Manaus.

Pergunto-me o motivo de nossos munícipios estarem abandonados e mediante um país com tantas bolsas, sugiro uma para peculiaridades de saúde, para que profissionais da saúde “internem-se” nos interiores ou a enaltecida criação de Hospitais de Referência, como já existentes 6 unidades no Rio de Janeiro com apenas 43.936 m2 (Hospital Federal do Andaraí, a 10 km do Rio de Janeiro e 18 minutos via Avenida Presidente Vargas; Hospital Federal de Bonsucesso a 12.4 km há 17 minutos do Rio de Janeiro via BR 101; Hospital Federal Cardoso Fontes há 18 km e 26 minutos do Rio de Janeiro, via Auto Estrada Grajaú; Hospital Federal de Ipanema, a 15.2 km há 22 minutos do Rio de Janeiro, via Av. Presidente Vargas e Hospital Federal de Servidores do Estado, 4 km e 8 minutos do Rio de Janeiro via Túnel Rio.

Sendo merecedor o Estado do Amazonas da criação deste artifício tão necessário como o investimento na saúde, uma vez que, logisticamente é o único Estado cujo a dificuldade de usufruir das implantações em outros Estados refletem notoriamente, principalmente diante desta gigante pandemia.

As calhas dos rios, os Amazônidas, os índios e nossos ribeirinhos clamam por isso há meio século e as iniciativas encontradas nesses interiores são todos das Forças Armadas, clamando o sofrido povo do Estado do Amazonas por este investimento do Governo Federal, recusando qualquer ato suntuoso, apenas necessário e principalmente humanitário.

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