Antes de qualquer partida, as entrevistas de jogadores e treinadores tem uma frase que se repete: “vamos respeitar o adversário”. Contra o Paysandu, neste sábado em Belém, no empate em 1 a 1, o Manaus FC não deixou a frase só no campo teórico. Na prática foi também o que aconteceu e o time perdeu a chance de vencer a primeira fora de casa.
O Esmeraldino até saiu na frente, com o zagueiro Luís Fernando, mas levou o empate aos 44 minutos do segundo, depois de pênalti cometido por Rennan. Mas antes dos dois gols, a defesa do Manaus, principalmente Jonathan e Luís Fernando, trabalharam demais para evitar uma goleada e os números mostram isso. Fora 15 chutes do Paysandu no jogo contra apenas cinco do Gavião.
O esquema de jogo utilizado por Luizinho Lopes respeitou demais o adversário. No primeiro tempo, o Manaus jogou todo atrás e não conseguiu dar um chute em 51 minutos de jogo. Todos os atletas estavam comprometidos com a marcação, inclusive o centroavante Paulinho Simionato, que não apareceu no jogo. O primeiro chute saiu apenas aos nove minutos do segundo tempo, muito por culpa, também, da partida apática do ataque.
Daniel Costa e Fumaça não conseguiram repetir as boas atuações e Rossini, um dos grandes nomes do time, mais uma vez não apareceu no jogo. O trio não se encontrou em campo. Prova disso é o desempenho abaixo de Daniel Costa nas bolas paradas. Mas na primeira que acertou, colocou a bola na cabeça de Luís Fernando, que marcou.
Na defesa, Patrick Borges e Luís Fernando foram regulares mais uma vez e fizeram um bom jogo. Nas laterais, Tsunami foi bem. Sofreu no primeiro tempo com as descidas do Paysandu, mas suportou. Edvan conseguiu ir bem no ataque, mas criou oportunidades no segundo tempo. Foi de o primeiro chute do Manaus.
A torcida do Manaus pode comemorar o retorno de Jonathan no jogo. Só não pegou o pênalti, mas salvou o time em diversas oportunidades e evitou a derrota.
Luizinho Lopes mudou a característica do time no segundo tempo com a entrada de Matheuzinho no lugar de Simionato. Deu mobilidade e mais velocidade ao ataque. A mudança deu certo. O Manaus conseguiu chegar mais ao gol. Gilson e Janeudo, que também entraram, não comprometeram no jogo.
Mas a mudança que mais efeito fez foi a de Rennan. E não foi positiva. O lateral esquerdo entrou no fim e tocou pouco na bola. Fez um pênalti infantil ao empurrar o atacante do time paraense após cruzamento na área. O jogador do Paysandu não chegaria na bola.
Fonte: GE Amazonas/